Reportagens
VAZAMENTOS EM CONDOMÍNIOS
A pandemia e a crise hídrica reforçam cuidados especiais para evitar desperdícios.
Coordenador da CIPA-Síndica, Bruno Gouveia, adverte: com a maior crise hídrica da história do país, somado aos aumentos das tarifas no fornecimento de água, as pessoas passaram a ficar ainda mais de olho nos vazamentos, muitos deles invisíveis, que acontecem em residências e condomínios. De acordo com dados divulgados pelo Google Trends, as pesquisas por termos como “caça-vazamento de água”, “detecção de vazamento” ou similares cresceram mais de 500% nos últimos anos.
Para Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica – administração profissional de condomínios, que é um dos maiores do Brasil, tal preocupação foi estimulada pelo aumento do consumo de água e o maior tempo que as pessoas passaram a ficar em casa com a pandemia.
PANDEMIA E O GASTO COM ÁGUA
– Durante a pandemia, além de os moradores continuarem trabalhando de casa e com os filhos em aulas virtuais, as obras e mudanças de pessoas transitando no condomínio aumentaram bastante desde junho de 2020. Para lidar com tudo isso e evitar conflitos entre os vizinhos, só com uma negociação intensa para conseguir entender o lado de todo mundo e solucionar o problema de todos. Se um não ajudar o outro, o bicho pega. Para evitar transtornos, portanto, a prevenção é extremamente importante – explica Gouveia.
Ele lembra que há técnicas modernas que podem ajudar a identificar o vazamento sem que haja necessidade de obras ou intervenções.
– O conserto pode ser muito mais rápido e econômico. Empresas têm investido em soluções inteligentes para a detecção de vazamentos invisíveis por métodos não destrutivos, investigando e observando. Testes com corantes em ralos, vasos sanitários, rejuntes e fissuras fazem parte do pacote. Isso pode demandar dias, mas a solução costuma ser certeira – revela o coordenador da Cipa Síndica.
NOVAS TECNOLOGIAS
Além do trabalho de pesquisa, algumas empresas também contam com novas tecnologias.
– Hoje, profissionais autônomos e empresas credenciadas no mercado utilizam equipamentos para a identificação de vazamentos; algumas dessas empresas, inclusive, oferecem cursos de especialização na área. Entre muitos detectores de vazamentos há os geofones digitais ou eletrônicos e os sensores de ruídos, que são capazes de descobrir vazamentos não visíveis a olho nu, ressalta Bruno Gouveia.
O GEOFONE
O geofone, é capaz de localizar vazamentos e micro vazamentos de água que antes não tinham solução ou demandavam grandes custos com obras para ser resolvido.
O geofone funciona como uma espécie de ultrassom, que capta ruídos e vibrações de vazamentos em dutos subterrâneos com até um metro de profundidade. Com ele é possível encontrar escape de água até nas menores fissuras e em encanamentos de todos os tipos. Segundo o diretor da SCM Engenharia, que tem mais de 25 anos de experiência em reformas condominiais, esses equipamentos são usados em vazamentos muito difíceis de se localizarem.
– Os síndicos precisam estar sempre atentos e informados para que não precisem executar um serviço de tanta responsabilidade várias vezes, conclui Bruno Gouveia.
ECONOMIZE ÁGUA COM ATITUDES SIMPLES
- Não deixe que ocorram vazamentos nas torneiras e na descarga do vaso sanitário de sua residência. Por eles, muita água é desperdiçada.
- Entre em contato com a companhia de água ao verificar vazamentos de água na rede externa, solicitando conserto imediato.
- Ao escovar os dentes e se barbear, mantenha a torneira fechada. A torneira aberta durante 1 minuto gasta aproximadamente 3 litros de água.
- Use a máquina de lavar roupas na capacidade máxima.
Use regador no lugar de mangueira para regar as plantas.
- Utilize baldes e panos para lavar o carro ao invés de mangueira.
- Evite lavar as calçadas com mangueira. Antes, elas devem ser varridas.
- Colocar sistemas de controle de fluxo de água (aeradores) nas torneiras também contribui para o uso racional da água.
Reportagens
IgesDF promove treinamentos de prevenção e manejo clínico da dengue
Palestras têm o objetivo de prepara as equipes para os desafios da doença
Devido ao aumento dos casos de dengue no DF, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF) está promovendo para seus colaboradores uma sequência de treinamentos sobre o manejo clínico da dengue.
A equipe participa das palestras de Introdução à dengue: causador, ciclo de transmissão e sintomas; Prevenção da dengue: medidas de controle do vetor, eliminação de criadouros e educação comunitária; Diagnóstico da dengue: testes laboratoriais e interpretação dos resultados; e Manejo clínico da dengue conforme protocolo institucional.
Para a organizadora do treinamento, Emanuela Ferraz, da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa, entender a dengue ajuda os funcionários a ter uma melhor noção de controle dessa doença. “O treinamento em relação à dengue desempenha um papel crucial na mitigação e controle dessa doença no Distrito Federal e em qualquer outra região afetada.”
Segundo Paulo Estevão, gerente de Ensino e Gestão do Conhecimento, os profissionais de saúde precisam estar bem treinados para lidar com casos de dengue, desde o diagnóstico até o tratamento e acompanhamento dos pacientes. “O treinamento adequado ajuda a garantir que esses profissionais estejam preparados para enfrentar os desafios associados à doença.”
O treinamento já aconteceu no Hospital Regional de Santa Maria e os funcionários do Hospital Cidade do Sol foram treinados na admissão antes de ir a campo. As palestras seguem para o Hospital de Base e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Texto: Anna Beatriz Vieira
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Aberta chamada para programas de iniciação científica ou extensão
FAPDF vai aceitar propostas para apoio em participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas de natureza científica
Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Caraballo
A Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) abriu a Chamada Pública 03/2024, do Edital 02/2024 do Programa de Difusão Científica. É o FAPDF Participa, destinado a pesquisadores, profissionais e estudantes atuantes nas áreas de ciência, tecnologia e inovação.
Serão aceitas propostas para apoio em participação em eventos, cursos de curta duração e visitas técnicas de natureza científica, tecnológica e de inovação no país ou no exterior.
Para participar, é necessário ter vínculo com instituições de ensino superior ou de pesquisa, públicas ou privadas. A chamada pública terá vigência até 31 de dezembro deste ano.
Para o apoio à participação em curso e eventos, é necessário que a duração seja de no máximo 15 dias. Todas as despesas referentes ao curso ou evento serão custeadas, desde que seja feita posterior prestação de contas, conforme descrito no edital.
Os critérios para a submissão das propostas podem ser acessados neste link.
*Com informações da FAPDF
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Debate reúne responsáveis pelo transporte público para tratar do sistema de bilhetagem
A comissão geral sobre o tema foi promovida pelo deputado Max Maciel
Foto: Rinaldo Morelli/ Agência CLDF
A Câmara Legislativa colocou em discussão, nesta quinta-feira (14), o sistema de bilhetagem automática do transporte público do Distrito Federal. A sessão ordinária deu lugar a uma comissão geral sobre o assunto, realizada a pedido do deputado Max Maciel (PSOL). O debate contou com a participação do secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do DF (Semob), Zeno Gonçalves; do diretor de Operação e Manutenção do Metrô/DF, Márcio Aquino; e do superintendente de Mobilidade do BRB, Saulo Nacif Araújo.
Presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa, Maciel reforçou seu empenho por uma “mobilidade urbana democrática e acessível, que garanta acesso à cidade para todos”. Ele relatou reclamações recorrentes na utilização dos cartões de transporte nos validadores dos ônibus, metrô e BRT, em especial por estudantes e pessoas com deficiência, e cobrou soluções para as falhas, “para ofertar um serviço confiável, ininterrupto e seguro”.
O secretário de Transporte, Zeno Gonçalves, relatou que, em 2018, na época do DFTrans, 70% das reclamações recebidas pela Ouvidoria diziam respeito a problemas de bilhetagem. “Esse número vem caindo. Em 2023, foram 18%. Ainda é muito. Então a gente entende o porquê de audiências como essa. Nossa meta é zerar as reclamações”, afirmou.
O chefe da pasta aproveitou para anunciar que, até a segunda semana de abril, toda a frota de ônibus do sistema de transporte contará com validadores V6, os quais prometem várias funcionalidades aos usuários, a exemplo de pagar pela passagem com cartão de crédito ou débito. Segundo informou, dos 2.957 veículos do sistema, 2.888 já contam com esses validadores de alta tecnologia.
O superintendente de Mobilidade do BRB, Saulo Nacif Araújo, lembrou que o sistema de bilhetagem automática do DF foi transferido para o Banco em 2019, após a extinção do DFTrans. De lá para cá, conforme explicou, o BRB passou a ser responsável pelo cadastramento dos usuários do transporte público (ônibus, metrô e BRT); pela emissão dos cartões; pelo controle da carga, recarga e uso dos créditos, além do atendimento aos beneficiários de gratuidades (estudantes, PcD, pessoas idosas etc.), às escolas, entre outros públicos.
Em resposta ao questionamento do deputado Max Maciel sobre as falhas no cartão do passe livre estudantil, em especial no início do ano letivo e das férias, Nacif Araújo argumentou que o problema acontece, muitas vezes, por pendências no cadastro do aluno, seja por falta de uma foto ou dos documentos exigidos. Além disso, o superintendente explicou que, eventualmente, a instituição de ensino não envia o registro da matrícula do estudante para o BRB.
Sobre o uso de cartões de crédito ou débito para pagar a passagem dentro dos ônibus, Saulo Araújo disse que a inovação está em “fase piloto”: “Por enquanto, habilitamos pouco mais de 100 ônibus da Marechal”.
A funcionalidade já foi implementada em todas as estações do Metrô-DF. De acordo com o superintendente do BRB, do total de acessos pagos no Metrô, o uso dos cartões de crédito e débito representa 10,2%. Considerando somente os acessos unitários, que são aqueles de quem não tem o Cartão Mobilidade, representa 41%.
Márcio Aquino, diretor de Operação e Manutenção do Metrô, destacou que a instalação dos validadores V6 – os mesmo que estão sendo colocados nos ônibus e BRT – em todos os bloqueios das estações e o aumento (de 30 para 110) do número de catracas contribuíram para reduzir, não apenas as filas, mas também as chamadas “abertura de cancela” – quando a entrada é liberada sem pagamento.
Aquino ressaltou ainda que, no sistema de recarga de cartões das estações de metrô, é possível realizar a recarga de créditos para os ônibus também.
Sugestões
Max Maciel realizou uma série de sugestões para sanar as falhas no sistema de bilhetagem e para facilitar o acesso aos meios de transporte de massa.
Ao secretário de Transporte, pediu uma flexibilização para o acesso dos estudantes, no período de retorno das aulas, para o beneficiário resolver eventuais pendências no cartão do passe livre. Zeno Gonçalves não deu uma resposta positiva nem negativa e se comprometeu a avaliar impacto desse prazo.
Dirigindo-se ao diretor do Metrô, o deputado sugeriu algum tipo de desconto ou bonificação para a aquisição de bilhetes para uma semana ou para um mês, por exemplo. “Isso pode incentivar o uso desse transporte no lugar do carro”, avaliou Maciel.
Por fim, o parlamentar ressaltou ser importante fazer mais pessoas aderirem ao sistema de transporte coletivo, inclusive como forma de se evitar o aumento da tarifa técnica. Para isso, ele defendeu a ideia de comercializar os cartões de transporte em locais como farmácias, bancas de revista, entre outros. Em sua opinião, isso vai facilitar, também, o uso do transporte público por turistas, que muitas vezes não sabem onde nem como comprar as passagens.
Denise Caputo – Agência CLDF
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