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Arquitetura e Arte unidas para valorizar sustentabilidade social e ecológica

Patrícia O’Reilly e Alexandre Mavignier se uniram na arte e na vida para construir um caminho de sustentabilidade social e ecológica que eleva a arquitetura e a construção artística a um outro nível. Seus trabalhos ganham notoriedade e ultrapassam fronteiras, levando consigo o talento brasileiro e uma visão de mundo futurista e essencial.

Render Gustavo Emanoel
Uma das imagens do projeto da nova sede do Instituto Favela da Paz, de autoria de Patrícia O’Reilly, com contribuição artística de Alexandre Mavignier.

Patrícia O’Reilly, arquiteta, e Alexandre Maviginer não são apenas um casal na vida. Parceiros de trabalho e de pensamentos, têm em suas obras a imagem real do ideal de sociedade que une arte, ecologia, a melhor utilização de recursos naturais, a formação de mão de obra local para cada projeto, a melhoria de vida do entorno e tantas outras características que os tornam não apenas artistas, mas construtores de um futuro melhor para o planeta. E quanto mais gente estiver nessa equação, melhor.

Por seu trabalho de arquitetura e urbanismo exclusivamente dedicados a uma nova inteligência projetual sustentável, e por ser uma das principais referências nacionais sobre o assunto, Patricia O’Reilly, arquiteta e urbanista, Pós graduada em Ecologia da Paisagem pela FundaciòVS em Barcelona, Mestre em Arquitetura e Meio Ambiente: Integração das Energias renováveis na Arquitetura pela Universitat Politècnica de Catalunya, em Barcelona, Vice-presidente da rede E-dau de arquitetura e sócia do Atelier O’Reilly Architecture & Partners com sede em São Paulo, Brasil, foi convidada para ser a curadora oficial de arquitetura da Bienal da Amazônia, que está sendo lançada na Bienal de Veneza e terá sua primeira edição integral, em 2022, na cidade de Belém do Pará (BR) New York e Brasília, propondo o tema “Sobrevivência”.

 

São de autoria do escritório de Patrícia os projetos amazônicos Mirante do Gavião e o emblemático Hotel Curuduri, em execução, projeto pioneiro em diversas tecnologias aplicadas e para ele desenvolvidas, que se apresenta como um organismo vivo, autossuficiente, que minimiza o impacto negativo e maximiza o impacto positivo na região, nos âmbitos ambiental, social e econômico sem precedentes.

 

Além desses projetos, está em seu portfólio o Fórum Mundial Permanente de Sustentabilidade em Dubai, dentre outros merecidamente premiados, por trazerem à luz, como premissa, o caminho da viabilidade econômica para os empreendimentos sustentáveis, o que eleva a posição do Brasil no setor.

É também de autoria do Atelier O’R o premiado projeto arquitetônico “Nova Sede para o Instituto Favela da Paz, com requalificação urbana do entorno”, que promove e estimula a sensação de pertencimento do lugar e integra na arquitetura da nova sede obras de Alexandre Mavignier em suas fachadas. Atualmente o projeto do Atelier O´Reilly está listado entre os 10 projetos mais importantes da Bienal de Veneza, destacado entre os 110 trabalhos de 46 países, todos eles exatamente buscando soluções que urgem por reestabelecer uma relação saudável entre nós e o planeta.

 

Alexandre Mavignier, autor da obra icônica do lançamento da Bienal da Amazônia, a Amazon Tears, além de multiartista é também escultor. Segundo ele, a obra “é uma representação orgânica abstrata, construída com 994 pedaços de carvões trazidos de incêndios florestais amazônicos, que denunciam a violência do homem contra ele mesmo e a natureza, que expõe a dor da Amazônia em devastação, presente na trama que arrasta entropia e da distopia “amazônica” com uma mão, e utopia “amazônida” com a outra”. A obra “Amazon Tears”, com seus 2 metros de diâmetro, é hoje uma das principais atrações, destaque da exposição na ilha, constando no mapa de Veneza da Bienal.

 

 

A obra, que antecipa a temporada de queimadas que inicia, todos os anos, em meados de agosto, chama a atenção para o fato de que para a temporada de incêndios criminosos de 2021, o Brasil nunca antes esteve tão desaparelhado para o patrulhamento, fiscalização, controle e combate, bem como do ponto de vista legal absolutamente vulnerável através de uma série de decretos que atenuam multas e punições, o que seguramente pode piorar e muito o crescente número de focos incêndios na floresta ano a ano.

 

 

A “Amazon Tears” apresenta como forma a torção de uma ondulação dos rios voadores amazônicos, construída com pedaços de carvões, retirados de arvores incendiadas na floresta amazônica. Com dois metros de diâmetro e um metro e trinta de altura, pesando 80 kg, a obra inspirada nos rios voadores amazônicos, recebe um facho de luz que projeta a sombra do Gavião Real, maior ave dos céus da floresta, ambos em extinção.

 

A parceria de Patrícia e Alexandre, para a vida e para a arte, seja para moradia, inclusão social ou como um alerta para a necessidade de preservação do meio ambiente e dos recursos naturais para a (re) existência do planeta, é uma verdadeira joia que serve de inspiração para novos artistas, arquitetos e projetos que tenham como objetivo a mesma função de garantir que o futuro seja tão belo quanto possível.

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Selo educativo comemora Dia Mundial da Água

Distintivo, que reconhece o trabalho de escolas voltadas à sustentabilidade, será lançado nesta quarta (22) pela Adasa

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Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

 

No Dia Mundial da Água, comemorado nesta quarta-feira (22), a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) lançará um selo educativo voltado ao reconhecimento de instituições de ensino que desenvolverem atividades relacionadas à sustentabilidade ambiental.

Arte: Adasa

O selo Adasa – Guardiões da Água será apresentado às 9h30, na Escola Parque da Natureza e Esporte do Núcleo Bandeirante, em evento promovido em parceria com a Secretaria de Educação (SEE) para o qual são esperados 400 crianças e pré-adolescentes.

O objetivo do novo projeto é dar continuidade às atividades desenvolvidas pela agência no âmbito do programa Adasa na Escola nas redes pública e privada de ensino. Ao se inscreverem para concorrer ao selo, as instituições deverão cumprir uma série de requisitos, como a produção de vídeos que promovam o debate em torno da preservação dos recursos hídricos e do descarte responsável de resíduos e a implementação de projetos de sustentabilidade na unidade.

As instituições que seguirem as diretrizes receberão o selo Escola Guardiã, como forma de valorizar as atividades adotadas em prol da conscientização dos estudantes e da população. Já os alunos serão agraciados com a pulseira do guardião. A Adasa divulgará em suas redes sociais os materiais produzidos.

 

 

 

 

 

 

Novos guardiões 

Para despertar o interesse dos estudantes, a Adasa também divulgará, durante o lançamento do selo, uma produção audiovisual que conta a história dos Guardiões da Água. No episódio, a personagem Tita fica sem água em casa e é convocada pelo vovô Totó para participar de um curso de formação.

No desenrolar da história, ela aprende lições sobre a importância da gestão adequada dos recursos hídricos e dos resíduos sólidos para a garantia da disponibilidade da água e da preservação do meio ambiente.

Vovô Totó e Tita convidam os espectadores a passarem pelos testes aplicados pelo programa Adasa na Escola para receber a pulseira que os tornará novos guardiões. O episódio é narrado por uma personagem humana, um boneco e personagens de desenho animado.

O programa ficará disponível no  canal da Adasa no YouTube.

*Com informações da Adasa

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Estudantes da rede pública aprendem sobre uso sustentável da água

Escola Classe 27 de Taguatinga reforça trabalhos de conscientização sobre a preservação dos recursos hídricos

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Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

 

A frase da estudante Alice Ponte, 9, resume a importância da data de hoje: “Não é só comemorar e pensar em preservar; são necessárias ações no dia a dia”. Especialmente nas unidades de ensino, o Dia Mundial da Água, o 22 de março é dedicado à importância de colocar em discussão as medidas de uso consciente dos recursos hídricos.

Atividades que estimulam o uso racional da água são desenvolvidas durante todo o ano na escola | Foto: André Amendoeira/SEE

A temática do uso sustentável da água já faz parte da vivência dos estudantes da Escola Classe (EC) 27 de Taguatinga. Durante todo o ano letivo, a instituição promove palestras, filmes, músicas, produção de textos e exposições sobre o assunto.

Atualmente com 720 alunos da educação infantil até o quinto ano do ensino fundamental, a escola desenvolve atividades das quais todos participam. “Nosso projeto traz a ideia do uso consciente da água nos diversos aspectos possíveis do cotidiano”, resume a coordenadora da escola, Valéria Carvalho.

Mais do que debater o tema, os estudantes aprendem as lições na prática. Na escola, há um sistema de captação de água da chuva em duas caixas-d’água com capacidade total de 25 mil litros. O material recolhido é utilizado para lavar a quadra, os banheiros e os pátios do local. O uso sustentável da água também teve um impacto positivo financeiro para a escola: a conta de água baixou de R$ 15 mil para R$ 5 mil mensais.

Cidadania e consciência

Este ano, a EC 27 retoma a realização da passeata no Dia Mundial da Água – atividade interrompida durante a pandemia – para alertar a sociedade para o uso consciente desse recurso hídrico. Os alunos do quarto ano da turma da professora Marisa Borges estavam empolgados com a preparação de cartazes para a passeata e com o ensaio de músicas para a ação.

O estudante Ismael Carlos dos Santos, 9, afirma que a conscientização já faz parte de sua rotina. “Eu gostei muito de participar das atividades para uso da água e já parei com o desperdício”, conta. “A criança capta muito rápido a mensagem e passa a transmitir para família e policiar nossas ações dentro da escola com pequenos hábitos que valem muito”, ressalta Marisa.

 

*Com informações da Secretaria de Educação

 

 

 

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Câmara Legislativa aprova mais projetos alusivos ao Mês da Mulher

Matérias foram votadas em primeiro turno e ainda voltarão a ser apreciadas em segundo turno e redação final, antes de serem enviadas à sanção governamental

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A Câmara Legislativa do Distrito Federal prosseguiu, na sessão deliberativa desta terça-feira (21), a apreciação de projetos relacionados às mulheres, nas mais diversas áreas. O “esforço concentrado” faz parte do acordo para votar, durante as sessões de março, proposições alusivas ao Mês da Mulher. A condução dos trabalhos, nesta tarde, ficou a cargo da deputada Doutora Jane (Agir) e a deputada Dayse Amarilio (PSB), secretariou.

As matérias foram votadas em primeiro turno e ainda voltarão a ser apreciadas em segundo turno e redação final, antes de serem enviadas à sanção governamental. Foram os seguintes os projetos aprovados:

Projeto de lei nº 116/2023. De autoria da deputada Dayse Amarilio (PSB), institui uma política de amparo à saúde da mulher em uso abusivo de álcool. “A situação é tão grave que, por conta da complexidade do tema, muitas mulheres sequer procuram o atendimento, e tais situações alcançam a família, o que torna importante o engajamento do Poder Público para permitir o acolhimento e para que sejam concedidas as condições de recuperação”, explicou a parlamentar.

Projeto de Lei nº 218/2023. Também proposto pela deputada Dayse Amarilio (PSB), estabelece a criação de local reservado nas unidades de saúde do Distrito Federal para atendimento a vítimas de violência doméstica. Além de proporcionar atendimento adequado, de acordo com a situação, a medida evita constrangimentos, entre outras circunstâncias.

Projeto de Lei nº 198/2023. Apresentado pela deputada Paula Belmonte (Cidadania), trata da proteção contra a discriminação no trabalho para a mãe solo nos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta do Distrito Federal. A ideia é garantir a igualdade de oportunidades às mulheres que, sozinhas, sustentam seus filhos e a família.

Projeto de Lei nº 95/2023. De autoria do deputado Gabriel Magno (PT), altera a Lei nº 4.949/2012 – que estabelece normas gerais para realização de concurso público pela administração direta, autárquica e fundacional do DF – para incluir o direito das lactantes à amamentação durante os certames. As mães deverão ser acompanhadas por fiscais e o tempo dispendido deverá ser compensado em igual período.

Projeto de Lei nº 2.774/2022. Do deputado Hermeto (MDB), cria o “Programa de Apoio às mulheres com Neoplasia Trofoblástica Gestacional (NTG)”, como é chamado um grupo de doenças da placenta, capazes de evoluir, inclusive, para formas malignas. É predominantemente observada em adolescentes e mulheres com mais de 35 anos idade. O programa tem por finalidade apoiar, orientar, tratar, reabilitar e reintegrar pacientes e ex-pacientes acometidas pela NTG.

Projeto de Lei nº 1.778/2021. De autoria do deputado Eduardo Pedrosa (União), o PL altera e acrescenta dispositivos a Lei nº 6.022/2017 – que assegura a criação do Banco de Empregos para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica e Familiar – para promover a qualificação de mão de obra e a melhoria do nível educacional e cultural das mulheres em situação de violência doméstica. A intenção é estabelecer mecanismos para habilitar as mulheres profissionalmente.

Projeto de Lei nº 165/2023. Outra proposição do deputado Eduardo Pedrosa (União), altera a Lei nº 6.795/2021 – que cria o Programa de Prevenção à Endometriose e Infertilidade no Distrito Federal – para instituir ações de prevenção, diagnóstico e tratamento da Doença de Endometriose, com o intuito de garantir atendimento de qualidade às mulheres diagnosticadas com o problema pelo sistema de saúde.

Marco Túlio Alencar – Agência CLDF

 

 

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