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AVE NACIONAL: SABIÁ OU ARARAJUBA

Por Mônica Koch (*)
Ponto de Vista
No dia 03 de outubro, o Brasil ganhou sua Ave Nacional, de acordo com decreto publicado pelo presidente da República. O decreto presidencial prevê como centro de interesses para as festividades do Dia da Ave (05 de outubro de cada ano), o Sabiá Turdus rufiventris, como símbolo representativo da fauna ornitológica brasileira.
Concordo com a escolha do Sabiá-laranjeira como Ave Nacional do Brasil, corroborando com todas as manifestações já divulgadas nas edições da Folha do Meio Ambiente. Gostaria de destacar um fato: o Sabiá é uma ave que está por toda parte. Está nas matas, nos parques, nos quintais, terreiros e até dentro das cidades, onde exista um mínimo de arborização. Assim, a espécie tem uma ampla distribuição geográfica e, por isso mesmo, é fácil buscar o engajamento das pessoas, especialmente das crianças, na luta pela preservação ambiental. Todo mundo já viu e conhece o canto do Sabiá. Se entrarmos numa sala de aula e perguntarmos para a criançada: quem conhece uma música ou uma poesia com o nome de Sabiá? Não há quem não levante a mão. O Sabiá pode dar mil argumentos para uma bela aula de educação ambiental. Pela forte presença na literatura e no cancioneiro popular brasileiro, o Sabiá é uma ave que está sempre na cabeça das pessoas de Norte a Sul do Brasil. Por isso, independentemente de raça ou de poder aquisitivo de quem defende seu status de ave símbolo, o Sabiá bem que pode ser utilizado como bandeira para a sensibilização das pessoas, conscientizando cada uma do seu papel para maior e melhor conservação do meio ambiente.
E O QUE DIZER DA ARARAJUBA
E o que dizer da Ararajuba? Essa belíssima ave verde-amarela tão admirada e também super cobiçada pelo mercado? Infelizmente, a beleza e o alto valor comercial da Ararajuba estão comprometendo a sobrevivência da espécie, por ser presa fácil nas mãos de traficantes e contrabandistas. Em processo de extinção, a Ararajuba precisa de apoio. E não com títulos apenas, mas um apoio efetivo para impedir seu processo de extinção. Acho importante ressaltar que ambas as aves, o Sabiá e a Ararajuba, são queridas dos brasileiros. E o fato do Sabiá ser a Ave Nacional, não impede – aliás até obriga – que os órgãos ambientais e as entidades não-governamentais tenham um carinho especial pela Ararajuba. É grande a nossa responsabilidade pela proteção da espécie. Trata-se de uma espécie que possivelmente já enfrenta problemas de variabilidade genética da população existente na natureza, mas que ainda apresenta possibilidades de recuperação. Não há tempo a perder. É dar as mãos e agir. Até o Sabiá pode ajudar.
(*) Mônica Koch é Bióloga formada pela Universidade Católica de Pelotas e tem vasto conhecimento na elaboração, execução e avaliação de políticas públicas afetas ao meio ambiente, no gerenciamento de acordos, convênios e parcerias.
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TUPI GUARANI e o PORTUGUÊS

Pensando alto: os Yanomami, outrora longe dos ‘homens brancos’, eram felizes na Floresta Amazônica. Atualmente, enfrentam a ameaça da destruição pela intensa presença de garimpeiros ilegais.
Na verdade, o Brasil de 1500 era dos índios. Aqui viviam mais de 5 milhões deles. Depois da Descoberta por Cabral, a população indígena foi se definhando e a ocupação e exploração de suas terras virou uma triste realidade.
A propósito dos índios Ianomami, estava pensando na contribuição do Tupi Guarani à nossa Língua Portuguesa.
De acordo com o Censo, que leva em consideração pessoas com mais de 5 anos de idade que usam o idioma em seu próprio domicílio, as línguas mais usadas no Brasil são o tikuna (com 34 mil falantes), o guarani kaiowá (com 26,5 mil), o kaingang (22 mil), o xavante (13,3 mil) e o yanomami (12,7 mil).
O TUPI diz respeito à língua Tupinambá, que era falada pelas comunidades indígenas existentes no Brasil quando o território foi colonizado pelos portugueses.
O GUARANI, por sua vez, é a língua falada pelas nações que são encontradas na Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil.
O tema TUPI-GUARANI, origem de um mundo de palavras hoje no nosso Português, é um assunto fascinante.
O tupi-guarani é uma das mais importantes línguas indígenas da América do Sul. O tronco TUPI é o maior, com alguns dialetos por todo o litoral brasileiro.
O padre jesuíta José de Anchieta pesquisou e chegou a redigir até uma gramática de tupi-guarani. Daí que muitas palavras têm origem no tupi-guarani.
O português se firmou no Brasil por uma sucessão de fatores: a expulsão dos jesuítas do Brasil no século 18 pelo marquês de Pombal, a chegada da corte portuguesa em 1808 e o acelerado processo de urbanização. Ainda assim, o português acabou sendo marcado para sempre pelo TUPI GUARANI.
Até hoje, centenas de palavras que nós falamos no Brasil têm origem indígena.
É interessante estudar a origem do nome de muitas cidades brasileiras.
Exemplos:

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