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A História do Tietê e Pinheiros no crescimento de São Paulo
COMEÇOU COM A GERAÇÃO DE ENERGIA
PEDRO CAETANO SANCHES MANCUSO – Engenheiro, Mestre e Doutor em Saúde Pública, professor do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da USP. < mancuso@usp.br >
COMEÇOU COM A GERAÇÃO DE ENERGIA
A geração de energia elétrica na cidade de São Paulo teve início na última década do século XIX, sob a responsabilidade da empresa Light and Power Company. Essa geração era feita por meio de uma usina termoelétrica e destinava, exclusivamente, a suprir de eletricidade a rede de bondes, em fase de implantação, pela própria empresa.
BOX 1 – CRONOLOGIA
Em 1899, tem origem a EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia S/A com a fundação da The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited, em Toronto, Canadá. É assinado pelo Presidente Campos Salles o Decreto nº 3.349, que autorizou a empresa a funcionar no Brasil.
Em 1901, entrava em operação a primeira hidroelétrica da Light no Brasil e a maior brasileira até então, a Usina de Parnaíba com 2 MW de capacidade. Em 1912, para manter o suprimento de energia, sua capacidade foi ampliada para 16 MW. Nesse mesmo ano, começava a funcionar uma usina termoelétrica a vapor na rua Paula Souza, em São Paulo.
Em 1908, entra em operação o reservatório Guarapiranga. Motivo: o grande consumo de água exigido pelas turbinas da Usina de Parnaíba. Assim, a Light precisou regularizar a vazão do rio Tietê. A solução encontrada foi a implantação de uma represa num dos afluentes do rio Pinheiros, o rio Guarapiranga, conhecido como Embu-Guaçu.
Com o desenvolvimento da região e a necessidade do suprimento para fins residenciais, entre 1900 e 1901 foi construída a Usina Hidrelétrica de Parnaíba com potência de 2 MW no local onde hoje se encontra a Barragem Edgard de Souza.
Mais tarde, nessa usina foram instaladas turbinas adicionais, o que implicava na necessidade da regularização das vazões do rio Tietê em épocas de estiagem. Para tanto, foi concebido e construído o reservatório Guarapiranga, situado à margem esquerda do rio Pinheiros, cerca de 30 a 35 quilómetros a montante de sua foz no rio Tietê, distância esta relativa ao curso original do Pinheiros, então intensamente meandrado.
Como essa solução em pouco tempo mostrou-se insuficiente, em 1922 a Cia Light idealizou um sistema destinado a ampliar significativamente a oferta de energia na região. Em última análise, foi concebido um reservatório de 1,1 bilhão de metros cúbicos destinado receber águas do rio Tietê, revertidas pelo canal do rio Pinheiros, por meio de um desvio localizado em sua foz no Tietê.
Com isso, era possível recalcar água do Tietê para esse reservatório, denominado Billings, para geração de energia elétrica na Usina Henry Borden, localizada ao pé da Serra do Mar.
O RESERVATÓRIO BILLINGS
O reservatório Billings foi concebido, nessas condições, com viés unicamente energético. Entretanto, com o tempo foi sendo utilizado para múltiplos usos como para o abastecimento de água, para o transporte, para irrigação, para pesca, para esportes náuticos e paisagismo e outros.
No que diz respeito ao abastecimento de água, esse reservatório ainda é utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, Sabesp, não só para abastecer algumas cidades da chamada Região do ABC e da Baixada Santista, mas também para complementar o volume armazenado no reservatório Guarapiranga, por meio de um sistema de bombeamento instalado em um dos braços do reservatório Billings.
A CRISE HÍDRICA E O PROCESSO DE POLUIÇÃO DO TIETÊ
Com o passar do tempo, as águas do rio Tietê sofreram um crescente processo de poluição. E a poluição era de tal monta que sua utilização contínua para complementar a vazão bombeada para o reservatório Billings, via rio Pinheiros, foi legalmente proibida em 1993. Ainda hoje, essa operação só é possível de ser feita em casos de enchentes – o chamado controle de cheias – e em caso de crise energética.
Na última crise hídrica que castigou a Região Metropolitana de São Paulo ocorrida entre 2014 e 2015, ficou absolutamente clara a incoerência de existir um reservatório de 1,1 bilhão de metros cúbicos, sem que fosse possível utilizá-lo, devido a má qualidade de suas águas. Atualmente a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo está implantando o projeto Novo Rio Pinheiros, com previsão de termino para dezembro de 2022.
PROJETO NOVO RIO PINHEIROS
Dos 15 contratos de tratamento dos esgotos previstos na bacia do rio Pinheiros, no âmbito do projeto Novo Rio Pinheiros, quatro estão em execução. Os demais ainda estão em fase de licitação.
As ações previstas de saneamento nesse projeto – desassoreamento, coleta e destinação dos resíduos sólidos, revitalização das margens e educação ambiental – vão beneficiar 3,5 milhões de pessoas de forma direta, sem contar os demais paulistanos que trafegam pela avenida que margeia o rio Pinheiros, os usuários do trem metropolitano que também trafega junto à essa avenida e os usuários da ciclovia ali existente.
SUGESTÕES AO GOVERNO
É importante sugerir ao atual Governo do Estado de São Paulo, que após a implantação do projeto, não se perca a oportunidade de recuperação qualitativa das águas do reservatório Billings o que é perfeitamente plausível em função da tecnologia existente no mercado brasileiro. Com isso, afasta-se definitivamente a possibilidade de novas crises hídricas em São Paulo, com um ganho inestimável em saúde pública.
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Prêmio Candango de Literatura 2025 abre inscrições em maio
Segunda edição da premiação reforça o papel de Brasília como referência na literatura em língua portuguesa
O Prêmio Candango de Literatura chega à sua segunda edição em 2025, reafirmando o papel de Brasília como um dos principais polos de produção e difusão literária da lusofonia. Promovido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Casa de Autores, o prêmio é voltado para escritores, designers e projetos de incentivo à leitura de países de língua portuguesa.
O lançamento oficial da premiação será no dia 9 de maio, na Sala Martins Pena do Teatro Nacional, marcando um momento simbólico para a cena cultural da capital. Já as inscrições estarão abertas de 10 de maio a 25 de junho, período em que autores e criadores poderão submeter suas obras e projetos.
Celebração da literatura em língua portuguesa
Mais do que uma competição, o Prêmio Candango busca fortalecer a integração cultural entre países e regiões que compartilham a língua portuguesa, estimulando a troca de experiências, a valorização das identidades locais e a visibilidade internacional de novas vozes literárias.
“Brasília sempre foi um berço de grandes escritores e projetos culturais. O Prêmio Candango é uma forma de projetar essa força criativa para além das fronteiras do Distrito Federal e do Brasil”, destaca a organização do evento.
Reconhecimento e incentivo
Em sua primeira edição, o prêmio já se destacou pela diversidade de categorias e pela qualidade das obras inscritas, abrangendo diferentes gêneros literários e áreas relacionadas à cadeia do livro. Além de autores e designers, o Candango reconhece iniciativas de promoção da leitura, valorizando quem trabalha para democratizar o acesso à literatura.
Um prêmio que aproxima autores e leitores
Com o sucesso da estreia, a segunda edição promete ampliar o alcance e o impacto do prêmio, reforçando Brasília como um centro de criação, encontro e difusão literária. A expectativa é reunir talentos de todas as regiões do Brasil e de outros países lusófonos, fortalecendo laços culturais e incentivando novas produções.
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WALTER MELLO, O OPERÁRIO DA CULTURA COMPLETA 95 ANOS.
SEU LEGADO A BRASÍLIA É PATRIMÔNIO PARA A ETERNIDADE.

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WEBINAR 2025 NA ENGENHARIA FLORESTAL
Empreendedorismo e Inovação Tecnológica na Engenharia Florestal trazem sustentabilidade e ganhos expressivos.
O Programa de Pós-graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná – UFPR, em cooperação com a Faculty of Forestry da University of British Columbia e o Trade Office de Porto Alegre do Consulado do Canadá está programando a realização do Webinar sobre Empreendedorismo e Inovação Tecnológica na Engenharia Florestal. O curso, de forma virtual, será realizado no dia 27/11/2025. Para participar é essencial providenciar a reserva pelo email <seaflorufpr@gmail.com>.

O mundo é uma rede e a rede traz uma facilidade tecnológica para se debater e ampliar o conhecimento. Nessa rede, nasceu a Webconferência ou, melhor dizendo, um vídeo que pode ser transmitido ao vivo ou gravado, permitindo interação e até cursos on-line com infinitas possibilidades de audiências. Vem do inglês “web-based seminar”, ou seja, um seminário através da WEB.
O evento internacional deste ano é sobre” Empreendedorismo e Inovação Tecnológica na Engenharia Florestal” será aberto e requer a inscrição de cada participante. No ano passado, o evento tratou sobre os incêndios florestais e as mudanças climáticas. Neste ano, como no passado houve palestrantes brasileiros e canadenses.
GANHOS EXPRESSIVOS
Segundo os organizadores do evento, as inovações tecnológicas e o planejamento na engenharia florestal geram ganhos expressivos de eficiência, pois contribuem significativamente para a estabilidade e a sustentabilidade operacional, ambiental e social. Essas tecnologias avançadas nas operações florestais da empresa elevam a gestão e os padrões de cuidado ambiental de várias maneiras:
- Os drones e nanossatélites permitem uma monitorização mais precisa e abrangente das florestas, o que ajuda a detectar problemas de proteção florestal, que tais como sinistros provocados por ventos, pragas ou incêndios florestais, em tempo real. Isso permite uma resposta mais rápida e eficaz para mitigar danos econômicos e ambientais.
- A automação proporcionada pelos drones e outras tecnologias reduz a necessidade de intervenção humana direta nas operações florestais, maximizando a assertividade operacional e melhorando a eficiência.
- Com o desenho das linhas de plantio e o uso de piloto automático, o número de manobras feitas pelos tratores é menor, com redução considerável do uso de combustível.
- O uso de imagens aéreas de alta resolução e modelos em 3D ajuda a identificar áreas críticas de conservação e a tomar decisões informadas sobre o manejo das florestas.
- A implementação de programas de excelência florestal e controle de qualidade reforça o compromisso da empresa com práticas sustentáveis e o fornecimento de produtos de alta qualidade.
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