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Programa novo Rio Pinheiros
Obras em andamento em janeiro de 2021

As obras do programa Novo Rio Pinheiros irão elevar o tratamento de esgoto em 2.800 litros por segundo, passando dos atuais 4.600 litros por segundo para 7.400 l/s em 2022.
Uma obra que começa, recomeça e não chega ao fim. Desde 1970, o governo de São Paulo anuncia obras para despoluição do rio Pinheiros. Sem sucesso. Em 2007, houve um esforço de alta tecnologia para instalar estruturas de tratamento de esgotos no leito do rio, por meio de uma tecnologia chamada Flotflux, patenteada pela empresa DT Engenharia. Mas este esforço também naufragou em 2011. Agora a Sabesp garante que tudo vai ser diferente. A meta, bastante ousada, é levar dejetos de 1,6 milhão de pessoas (95% das quais vivem na capital, e o restante em Embu das Artes e Taboão da Serra), para a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Barueri, também na Grande São Paulo.
O programa Novo Rio Pinheiros faz muitas intervenções no rio e na área de abrangência de sua bacia hidrográfica de aproximadamente 271 km². A bacia alcança os municípios de São Paulo, Embu das Artes e Taboão da Serra. A Sabesp informa que até o final de 2020 foram mais de 120 mil conectados ao sistema de tratamento de esgotos, o que equivale ao esgoto coletado numa cidade de 360 mil habitantes. Também já foram implantados cerca de 96 km de tubulações de esgoto.
Além das ações de desassoreamento e aprofundamento do rio, coleta e destinação dos resíduos sólidos, revitalização das margens e educação ambiental, haverá um trabalho de orientação aos moradores para fazer a conexão de seus imóveis à rede de esgoto disponível. Em áreas de alta vulnerabilidade social, a conexão poderá ser feita nos moldes do ‘Se Liga na Rede’, o programa da Sabesp que executa obras gratuitamente dentro de imóveis de famílias de baixa renda, permitindo que as casas sejam ligadas à rede de coleta de esgoto.
As obras do programa Novo Rio Pinheiros irão elevar o tratamento de esgoto em 2.800 litros por segundo, passando dos atuais 4.600 litros por segundo para 7.400 l/s em 2022. A Sabesp vai investir R$ 1,7 bilhão nesse programa.
A Sabesp vai investir R$ 1,7 bilhão no programa para despoluir o rio Pinheiros até 2022.
Em áreas de alta vulnerabilidade social, a conexão poderá ser feita nos moldes do ‘Se Liga na Rede’, programa que executa obras gratuitamente dentro de imóveis de famílias de baixa renda, permitindo que as casas sejam ligadas à rede de coleta de esgoto.
OBRAS EM ANDAMENTO EM JANEIRO DE 2021
Atualmente no Projeto Tietê estão em execução um conjunto significativo de obras, com destaque para:
– REGIÃO LESTE: interceptores Tietê ITi.15 e ITi.16, coletor-tronco Três Pontes e diversos outros coletores, com benefício direto para o extremo leste do município de São Paulo e Itaquaquecetuba, Suzano, Poá, Arujá e Ferraz de Vasconcelos.
– REGIÃO SUL: coletores-tronco nas bacias do córrego dos Meninos e ribeirão dos Couros, com benefício para os municípios de São Bernardo do Campo, Diadema e Santo André e, indiretamente para o município de São Paulo, com a melhoria das águas do rio Tamanduateí.
– REGIÃO CENTRO E ARREDORES, EM SÃO PAULO: coletores-tronco nas regiões do córrego Jaboticabal, e Moinho Velho, e dos córregos Mooca, Tatuapé (Abel Ferreira), Maranhão e Aricanduva. Destaque para as intervenções na bacia do Ipiranga.
– REGIÃO NORTE: interceptor Tietê ITi.2, com benefício direto para a região da Casa Verde, Santana e Carandiru, além de coletores na região do córrego Verde.
– REGIÃO OESTE: coletores e estação elevatória Dom José, em Barueri, interceptor Tietê ITi.5 e coletor Mutinga, em Osasco.
– EXTREMO NORTE DA RMSP: coletores-tronco e interceptores e ETE Franco da Rocha. Destaque para a ETE Laranjeiras, em Caieiras, que está em fase de início de pré-operação.
– INTERVENÇÕES NAS GRANDES ETES: ETE BARUERI – ampliação do sistema de desidratação do lodo e melhorias e modernização de outras estruturas. ETE Parque Novo Mundo – ampliação da capacidade de tratamento da fase preliminar de tratamento, de 2,5 para 4,5 m³/s.

Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma
O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.
A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.
“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.
Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.
“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.
Chuvas
Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.
“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.
Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.
Edição: Heloisa Cristaldo
EBC



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