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Homenagem ao Rei Pelé, JK e Brasília
O novo livro foi lançado em 2020, no aniversário de 80 anos do astro, em cerimônia no Museu do Futebol, em São Paulo. Em Brasília, a obra deve ser lançada em breve.

Lançado no final de 2020 no aniversário de 80 anos do Rei Pelé, no Museu do Futebol, em São Paulo, o livro De Casaca e Chuteiras – A Era dos Grandes Dribles na Política, Cultura e História, do jornalista mineiro-brasiliense Silvestre Gorgulho traz fatos e fotos que proporcionam uma reflexão sobre duas décadas de transformações vividas pelo Brasil.
Transformações profundas que começaram em 1956 com dois fatos formidáveis: a posse do presidente Juscelino Kubitschek, no Palácio do Catete, em 31 de janeiro, e a estreia de Pelé, na Vila Belmiro, com apenas 15 anos, em 7 de setembro. A obra, que levou 10 anos de extensa pesquisa, homenageia também os 60 anos de Brasília.
Para falar sobre esse trabalho, o Tarde Nacional Brasília conversou com o ex-secretário de Cultura do DF, também responsável pela construção do Clube do Choro, da Escola de Choro Raphael Rabello e pela construção da Torre Digital de Brasília, último projeto de Oscar Niemeyer inaugurado com o arquiteto ainda vivo, Silvestre Gorgulho.
“Este quinto livro nasceu há 10 anos quando Edison Arantes do Nascimento fez 70 anos. E aconteceu quando resolvemos comemorar os 50 anos da Copa do Mundo de 58, aqui em Brasília, em 2008. Na preparação dessa homenagem, almoçando com o Pelé, ele me pediu um favor. De que o prefeito de Santos, à época, gostaria de fazer um monumento em frente ao Museu do Pelé, para identificar o local do museu de longe. E ele me disse que se fosse fazer essa estátua, que ele gostaria que ela fosse feita por Oscar Niemeyer já então com 100 anos. Em 2010, o Niemeyer me ligou dizendo que o projeto estava pronto”, contou o escritor e jornalista, que lembrou ainda na entrevista que há um mini-museu na Urca, RJ, dedicado ao Rei Pelé.
E porque esse título “De Casaca e Chuteiras”? De acordo com ele, é justamente por se tratar de uma linha do tempo que vai levando JK, Brasília e Pelé em meio a histórias maravilhosas. Na entrevista, o jornalista citou também a transferência da capital federal, ainda no RJ, para Brasília.
“Antes as benesses e desenvolvimentos iam todas para o litoral. Mas com a construção de Brasília, o Brasil abraçou novamente esse interior. Foi uma redescoberta do país. E foi por causa de Brasília que 60% do agronegócio brasileiro está no cerrado onde antes não se plantava nada, vivia-se apenas de mineração. E tudo isso aconteceu em 1956, inclusive o primeiro jogo do Pelé”, finaliza Silvestre, que lembra ainda que lá em 1958 a bandeira do Brasil não era conhecida.
Ficou curioso? Então, senta que lá vem história! A ser lançado em breve, em Brasília, o livro está disponível no Mercado Livre.
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1680916053-de-casaca-e-chuteiras-livro-de-silvestre-gorgulho-_JM

Cenário considera impacto do ritmo de exploração agropecuária no bioma
O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para situação é do fundador e diretor executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta terça-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).
Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.
A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.
“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.
Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.
“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.
Chuvas
Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.
“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.
Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.
Edição: Heloisa Cristaldo
EBC



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