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Amazônia, um caso prá pensar
Qual o país que compartilha a maior fronteira com a França? A Bélgica, a Espanha, a Alemanha ou Itália? Nenhum dos três.

Você sabia que a maior fronteira que a França compartilha é com o Brasil? São 730 Km de fronteira através de seu território na Guiana Francesa com o Amapá, enquanto que na Europa são 652 Km de fronteira com a Bélgica.
O Brasil está conectado à Europa através de uma ponte de 378 metros que liga os dois países, aonde os franceses cruzam cheios de privilégios e acesso livre enquanto os brasileiros precisam de autorização, visto, passaporte e ainda pagam uma taxa para chegar na França sul-americana.
PORTA DE ENTRADA – O Amapá, tão falado no momento, sempre foi uma porta escancarada de entrada para gringos de todas as partes do mundo na Amazônia. Por ali entram num vai-e-vem constante há mais de 100 anos e fazem o que querem. Detêm o controle da região, constroem centenas de pistas de pouso clandestinas, exploram garimpos, roubam madeira, ouro, pedras preciosas, fazem contrabando de animais, registram patentes de plantas para medicamentos e depois somos obrigados a ouvir de governos estrangeiros que o brasileiro é que está acabando com Amazônia.
Somos saqueados a gerações naquela região. Nossa madeira mogno está presente na maioria dos palácios e mansões na Europa e EUA.
Antes de qualquer governo estrangeiro abrir a boca para falar da Amazônia brasileira, deveriam convocar seus cidadãos ilegais, criminosos e escondidos a retornarem a seus países.
O DISFARCE DAS PESQUISAS – Está cheio de gringo na nossa Amazônia disfarçado de missionário, cientista, estudioso de universidades e ONG’s realizando “estudos e pesquisas”.
A região está cheia de zoológicos temporários com animais aguardando para serem despachados em voos em pequenos aviões.
Não estou relatando suposições. São fatos.
TRANSAMAZÔNICA – Meu pai era produtor cinematográfico. Filmou a construção da Rodovia Transamazônica no começo dos anos 70. Meu pai viu dezenas de pistas de pouso clandestinas, centenas de aviões de pequeno porte fazendo a ponte aérea Amazonas/Flórida carregando de tudo. Meu pai viu dezenas de estrangeiros explorando a região de todas as formas possíveis
São 3000 km (aéreo) do norte da Amazônia até Miami. São Paulo fica mais longe que isso.
INTERESSE MUNDIAL – Já ouviu falar da expedição nazista ao Pará em 1935/1937? O interesse sempre foi mundial!
Você sabia que, por causa de uma disputa territorial e pela descoberta de ouro no Amapá, os franceses do outro lado do Rio Oiapoque, realizaram um massacre na Vila do Espírito Santo do Amapá, matando aproximadamente 40 civis, inclusive mulheres e crianças em 1895?
#QUESTÃO DO AMAPÁ – A “Questão do Amapá” vai além do Contestado Franco-Brasileiro. O Brasil precisa ter soberania sobre a região, colocar cadeado nessa fronteira senão a porteira vai escancarar de vez e vamos perder território sob alegação de que “os brasileiros” estão destruindo tudo.
O S.O.S. Amapá virou hashtag! Agora Somos Todos Amapá. Brasileiro sendo midiático sem conhecer a história de seu país. O drama atual existe. Pobre população do Amapá.
Parece que “caiu um raio” e deixou o estado todo no escuro. Será que foi raio ou estão desestabilizando mais uma vez essa região terra-de-ninguém?
Por acaso querem gerar mais manifestação estrangeira questionando a competência do Brasil na região e polemizar para enfraquecer a soberania?
REAFIRMAÇÃO DA SOBERANIA – Temos que afirmar nossa soberania na região e mostrar pro mundo que está cheio de gringo fazendo merda na Amazônia e acabar com essa babaquice de achar que o problema na Amazônia é coisa nova. Acorda, povo! Governos estrangeiros estão fazendo um jogo para tomar conta do pedaço.
Estão de olho nas “girafas e elefantes” da floresta. Ouro, petróleo e pedras preciosas mudaram de nome. Saquearam a América Latina, destruíram suas próprias florestas na Europa, usam energia produzida com carvão e agora querem dar uma mordida aqui alegando questões ambientais.
Claro que tem brasileiro desmatando. Claro que tem corrupção. É claro que o problema acontece por incompetência de autoridades em todas as esferas e leis que não funcionam há décadas.
Quando há muito interesse econômico e territorial numa determinada região, a história já mostrou que coisas mirabolantes e planos maquiavélicos são colocados em prática! A lista é longa.
Vamos ficar de olho! Se alguém tiver dificuldade de entender, basta ligar os pontos. (Rinaldo Damasceno – rinaldo@producaotecnica.com.br )
*Rinaldo Damasceno – Comunicador, produtor, diretor técnico e artístico em shows. (rinaldo@producaotecnica.com.br)
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Em Brasília, mulheres indígenas celebram diversidade cultural e marcham por lutas comuns
Na III Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, representantes de todos os biomas do Brasil celebram sua diversidade, denunciam violência de gênero e dizem não ao Marco Temporal.

Marcha das Mulheres Indígenas de 2023, em Brasília — Foto: Amanda Magnani
O som de cantos e dos maracás ecoa de todos os lados do acampamento à medida que grupos de mulheres dos mais diferentes cantos do Brasil se aproximam da tenda principal na concentração para a III Marcha Nacional de Mulheres Indígenas. São 8h00 e o sol seco de Brasília parece realçar as cores dos mais variados trajes tradicionais.
A marcha, que foi do Complexo Cultural da Funarte, onde estavam acampadas, até o Congresso, a cerca de 5km de distância, reuniu mais de 5 mil mulheres. Ela aconteceu no último dia de um evento que, ao longo de três dias, foi marcado por celebrações e denúncias.
Sob o tema “Mulheres Biomas em Defesa da Biodiversidade pelas Raízes Ancestrais”, indígenas de diferentes partes do Brasil tiveram a oportunidade de dar voz às demandas específicas vividas pelos povos de seus biomas.
Para o povo Kiriri, da Caatinga, a cerca de 300 km de Salvador, um dos maiores problemas é a seca e a consequente falta de segurança alimentar. “Nossa região é muito seca, e as mudanças climáticas aumentam o impacto na insegurança alimentar”, diz Fabiana Kiriri.
Ela conta que o trabalho coletivo na comunidade e a reserva de alimentos vêm como uma forma de tentar contornar o problema. Mas uma colheita suficiente depende de muitos elementos, que vão da quantidade de chuvas à presença de pragas.
“O que realmente precisamos é de um olhar especial do governo, que proponha projetos para ajudar as comunidades a terem autonomia”, defende.
Já para o povo Kaingang do Pampa, no Rio Grande do Sul, as demandas passam principalmente pelos enfrentamentos com o agronegócio e pelos arrendamentos de áreas dentro das terras indígenas, que acabam levando monoculturas e agrotóxicos para dentro a terra.
“Nós precisamos dar visibilidade às nossas lutas e sensibilizar a nossa comunidade, para que possamos encontrar estratégias para atender as demandas dos nossos territórios”, diz Priscila Gore Emílio, psicóloga do povo Kaingang.
Enquanto isso, em Santa Catarina, os Xokleng são protagonistas no debate sobre o Marco Temporal. “Nossa região foi tradicionalmente ocupada pelos povos indígenas e o nosso território já foi muito maior. Hoje, vivemos em uma área muito reduzida, mas continuamos vivendo muitas tensões e conflitos”, diz Txulunh Gakran.
Contudo, embora povos dos diferentes biomas tenham suas demandas específicas, são muitas as lutas comuns às mulheres indígenas do Brasil como um todo. Grande parte delas gira ao redor da garantia do direito ao território e ao fim da violência de gênero.



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Castanheira-da-amazônia mostra eficiência na recuperação de solos degradados
Os estudos estão sendo realizados em cultivos de castanheiras implantados em áreas que antes eram pastagens degradadas no estado do Amazonas

Pesquisas da Embrapa em plantios de castanheira-da-amazônia (Bertholletia excelsa) indicam que a espécie é eficiente para a recuperação de solos degradados em áreas nas quais a floresta foi retirada. Trata-se de um resultado bastante promissor para a recomposição florestal desse bioma, onde existem atualmente mais de 5 milhões de hectares de solos que precisam ser restaurados. Outra vantagem observada é que as castanheiras são capazes de produzir por mais de 40 anos com pouco ou quase nenhum aporte de nutrientes. Além de contribuir para a preservação, esses cultivos podem ajudar a gerar renda e emprego para os povos da floresta, com a geração de serviços ambientais.
Os estudos estão sendo realizados em cultivos de castanheiras implantados em áreas que antes eram pastagens degradadas no estado do Amazonas. “A capacidade de crescimento demonstrada pela castanheira comprova que ela tem uma estratégia fisiológica totalmente adaptada a esses tipos de solos”, afirma o pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental (AM) Roberval Lima, que realiza estudos silviculturais com essa espécie.
O embasamento para uso da castanheira na recuperação de áreas degradadas ganha ainda mais força com estudos sobre emissão de gases a partir do solo, processo também chamado de respiração do solo, e que consiste em um conjunto de fenômenos bioquímicos, envolvendo temperatura, umidade, nutrientes e níveis de oxigênio, influenciados por fatores naturais e ações humanas. As pesquisas compararam a capacidade de respiração do solo e a emissão de gases em diferentes ecossistemas, conforme os modos de uso da terra no bioma.
Uma das conclusões é que os plantios de castanheiras apresentam níveis de melhoria na qualidade do solo que mostram tendência de recuperação das características químicas, físicas e presença de microrganismos.
Segundo o pesquisador, os solos em plantios de castanheiras apresentam qualidade 50% superior à de áreas de pastagem degradadas. Foram realizados estudos comparando o fluxo de gases a partir do solo em ecossistema de floresta natural, em pós-floresta (após a corte da floresta) e em cultivos como os plantios de castanheira. “Os resultados apontam que, sob os plantios de castanheiras, o solo está se recuperando com uma tendência massiva próxima a de uma floresta natural”, destaca.
Foto acima: Siglia Souza
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Síglia Souza (MTb 66/AM)
Embrapa Amazônia Ocidental
Contatos para a imprensa
amazonia-ocidental.imprensa@embrapa.br
Telefone: (92) 3303-7852
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