Reportagens
Observatório Mulheres Rurais do Brasil é lançado pelo Mapa
Pesquisadora Cristina Arzabe apresenta a plataforma Observatório Mulheres Rurais

Iniciativa da Embrapa em parceria com a FAO e o Mapa, a plataforma reúne informações para subsidiar a elaboração e execução de projetos e políticas públicas para mulheres do campo
Em cerimônia no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na quarta-feira (14), o Observatório Mulheres Rurais do Brasil foi apresentado pela pesquisadora Cristina Arzabe, da Superintendência de Estratégia (Suest), que destacou a importância da plataforma para identificar quem são e onde estão as mulheres rurais no País.
No observatório, o público encontra dados sobre o número de mulheres no campo, sejam elas dirigentes de estabelecimentos rurais ou trabalhadoras, por estado, região, na agricultura familiar, por atividade econômica, nos estabelecimentos com agroindústrias, bem como informações sobre políticas públicas, editais e publicações.
“A criação do Observatório Mulheres Rurais do Brasil responde à Agenda 2030, que tem como meta não deixar ninguém para trás, em especial ao ODS 5 – Equidade de Gênero (Agenda 2030 – ODS 5 de equidade de gênero). É uma ferramenta que oferece visibilidade ao trabalho das mulheres rurais e integra o sistema Agropensa da Embrapa. É o resultado de um trabalho multi-institucional envolvendo Mapa, Embrapa, FAO e o importante apoio do IBGE”, destacou a pesquisadora. Ela explicou ao público presente que a plataforma contém gráficos interativos construídos a partir de dados do IBGE e do Ministério do Trabalho e Previdência, mas outros estão sendo preparados com dados do Mapa, por exemplo.
Cristina explicou que, para os dirigentes de estabelecimentos rurais, somente nos últimos dois censos agropecuários (2006 e 2017) os dados foram desagregados por sexo. “Antes isso não era feito, então havia uma invisibilidade em relação à presença das mulheres como dirigentes rurais”, acrescentou.
“Por incrível que pareça, até 1988 a mulher não tinha direito à titulação da terra pela reforma agrária e nem à aposentadoria. Hoje, são quase um milhão à frente das propriedades rurais, fazendo um trabalho de grande relevância no campo junto com mais de 4,3 milhões de trabalhadoras rurais”, ressaltou Moretti, ao falar sobre a plataforma e sua importância para subsidiar projetos de pesquisa e políticas públicas.
Ele lembrou que o Observatório das Mulheres Rurais do Brasil integra o Sistema Agropensa, composto por 27 observatórios espalhados pelo Brasil, nas mais diferentes cadeias, como o Observatório da Soja, o Centro de Inteligência de Caprinos, o Centro de Inteligência do Leite, entre outros. Em todos é possível obter informações sobre a presença das mulheres nas cadeias do agro.
Moretti enfatizou a importância da parceria com o Mapa e com a FAO. E destacou que a Embrapa, neste ano, ganhou o Prêmio Campeã da FAO (2022 Champion Award), considerado o mais alto prêmio corporativo mundial, em reconhecimento à contribuição significativa e notável para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
Saiba mais: Embrapa recebe prêmio internacional da FAO por sua contribuição à Agenda 2030
O ministro da Agricultura, Marcos Montes, destacou a importância dos dados disponibilizados no Observatório para elaboração de políticas públicas. “O Brasil é carente de dados. Esses dados nos dão a oportunidade de conhecermos a realidade das mulheres do campo”, disse, acrescentando a importância da participação feminina na produção de alimentos e combate à insegurança alimentar global.
Para Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil, o observatório é uma iniciativa inédita, inclusive para a América Latina, pois não existia até então um espaço com dados oficiais sobre a participação das mulheres na produção agrícola. “São as mulheres que exercem um papel fundamental na segurança alimentar e nutricional das famílias. Elas são guardiãs do desenvolvimento sustentável dos sistemas agroalimentares. Outro aspecto importante que devemos explorar a partir dos dados apresentados é a inclusão das mulheres na consolidação do turismo rural sustentável no Brasil, que impacta diretamente na renda das famílias e no seu crescimento econômico”, disse Zavala. Ao final, o representante da FAO ressaltou a importante participação de mulheres no Grupo de Trabalho Multi-institucional para a criação e implementação do Observatório, entre elas, Úrsula Zacarias, a ponto focal da FAO Brasil para questões de gênero.
Durante a cerimônia, foi realizada uma homenagem especial à servidora Vera Oliveira, do Mapa, que atuou como coordenadora-geral de Capacitação e Formação Cooperativista, coordenadora-geral de Autogestão Cooperativa, coordenadora do Programa Coopergênero e diretora substituta do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural. Também participaram do evento Mara Papini, secretária-executiva adjunta, e Fabiana Durgant, diretora do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Mapa.
Dados sobre a presença das mulheres rurais no campo, de acordo com o último Censo Agropecuário
- Mulheres dirigentes de estabelecimentos rurais: 946.075
- Mulheres em codireção: 817.019
- Total de mulheres dirigentes: 1.763.094
- Mulheres trabalhadoras rurais ocupadas: 4,37 milhões de mulheres
- Total de mulheres no campo: 6,14 milhões de mulheres
Clique aqui para conhecer o Observatório das Mulheres Rurais
Maria Clara Guaraldo (MTb 5027/MG)
Superintendência de Comunicação (Sucom)
Reportagens
Cúpula do Planetário de Brasília reabre para visitação
As atividades do local foram retomadas após serviços de manutenção no projetor analógico Spacemaster

Agência Brasília* | Edição: Chico Neto
A cúpula do Planetário de Brasília reabriu para visitação em maio. O local recebeu serviços de manutenção e já voltou a receber visitantes de todas as regiões do DF, bem como de outros estados.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Gustavo Amaral, afirma que a reabertura do espaço é fundamental para o fomento à divulgação científica. “O Planetário é um dos espaços de ciência e tecnologia mais importantes do Distrito Federal e exerce um papel crucial no processo de despertar o interesse de crianças e jovens pela ciência”, avalia..
De janeiro a abril deste ano, o Planetário de Brasília já recebeu mais de 20 mil visitantes. A expectativa é que esse número cresça ainda mais com a reabertura da cúpula. Atualmente, o espaço conta com a exibição de filmes e projeções sobre astronomia.
Além do conteúdo audiovisual, também é possível acompanhar exposições sobre o sistema solar e o Universo Surpreendente, bem como um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira.
Divulgação científica
O Planetário de Brasília Luiz Cruls é um espaço público, cujo principal objetivo é estimular a divulgação científica e despertar o interesse pelo conhecimento. Podem ser feitas visitas livres ou guiadas às exposições do acervo e à cúpula, onde há projeções e exibições dos filmes sobre astronomia, cosmologia e astronáutica.
A visita é gratuita e atende a públicos de todas as idades. Localizado no Eixo Monumental, o Planetário funciona de terça a domingo, das 7h30 às 19h. Para a visita de grupos, é necessário fazer agendamento prévio pelo telefone (61) 98199-2692.
*Com informações da Secretaria de Tecnologia e Inovação Científica
Reportagens
Governo do GDF investe R$ 2,8 milhões em circuitos juninos
Disponibilizados por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, recursos abrangem apresentações e um campeonato

Jak Spies, da Agência Brasília | Edição: Chico Neto
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) vai destinar R$ 2,8 milhões aos circuitos de quadrilhas juninas, beneficiando 70 grupos com fomento para participar de apresentações. Só para premiar grupos e coletivos, há um aporte de R$ 600 mil.
Os investimentos são apoiados pelo decreto nº 42.315, de 20 de julho de 2021, que institui a política cultural Distrito Junino, destinada a apoiar a cadeia produtiva dos festejos desta temporada no Distrito Federal.
Os recursos serão distribuídos em dois circuitos, passando por 12 regiões, além de um campeonato entre quadrilhas que será disputado em três cidades. São pelo menos 800 pessoas envolvidas nos festejos.
De acordo com a subsecretária de Difusão e Diversidade Cultura, Sol Montes, o circuito junino é o segundo maior segmento de cultura popular do país. “Os grupos populares preservam a tradição e fazem parte da identidade cultural da cidade, além de fomentar a economia criativa, com artistas, músicos, bailarinos, gastronomia e feiras”, lembra. “São milhares de famílias impactadas pelo setor”.
Espetáculo junino
Robson Vilela, mais conhecido como Fusca, é integrante de uma das quadrilhas de Ceilândia que participam dos eventos – a Sanfona Lascada, que tem mais de 40 anos de história. Ele vê o circuito como uma ferramenta de transformação de quem participa, para manter viva a cultura de São João.
“A economia criativa do DF é pulsante”, aponta. “Os grupos recebem ajuda de custo, então o fomento é importante, porque a preparação vem desde o mês de janeiro, e as apresentações vão até agosto. Além dos dançarinos, temos banda ao vivo, costureira, coreógrafo, toda uma cadeia produtiva… Até as escolas públicas e particulares são incentivadas pelas competições. Brasília compra esse espetáculo.”
A entrada para os circuitos é gratuita. Com início no dia 9, as apresentações das quadrilhas ocorrerão em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia – sempre de sexta-feira a domingo.
Reportagens
Explorando Marte em Tempo Real: Agência Espacial Europeia Realizará Transmissão ‘Live’ do Planeta Vermelho
Evento histórico apresentará novas imagens de Marte a cada 50 segundos, proporcionando uma experiência fascinante e aproximando o público da exploração espacial.

Nesta sexta-feira, a Agência Espacial Europeia (ESA) realizará um evento inédito e emocionante: a primeira ‘live’ de Marte. Essa transmissão ao vivo trará para o público novas imagens do Planeta Vermelho a cada 50 segundos, oferecendo uma experiência única e fascinante.
A exploração espacial tem sido um dos empreendimentos mais empolgantes da humanidade nas últimas décadas. Diversas agências espaciais ao redor do mundo têm se dedicado a estudar e desvendar os mistérios de outros planetas, e Marte tem sido um dos alvos principais dessas missões. Com essa ‘live’ histórica, a ESA está abrindo uma janela para o público acompanhar de perto os avanços científicos e tecnológicos no estudo do Planeta Vermelho.
Uma das características mais intrigantes dessa transmissão ao vivo é a frequência com que as imagens serão transmitidas. A cada 50 segundos, o público terá acesso a novas informações visuais de Marte, proporcionando uma sensação quase real de estarmos lá, no solo marciano. Essa abordagem de transmissão em alta velocidade é uma conquista significativa e representa um marco importante no campo da exploração espacial.
A transmissão ao vivo de Marte não se trata apenas de compartilhar imagens impressionantes com o público. Ela também tem um propósito científico fundamental. Os cientistas da ESA poderão analisar as imagens em tempo real e obter informações valiosas sobre a superfície, a atmosfera e outros elementos do planeta. Esses dados serão essenciais para a compreensão mais aprofundada de Marte, além de subsidiar futuras missões espaciais e aperfeiçoar a tecnologia empregada nessas empreitadas.
A ESA tem desempenhado um papel vital na exploração espacial e na ampliação do conhecimento humano sobre o universo. A agência já lançou várias missões para Marte, como a Mars Express e a missão ExoMars, que têm sido cruciais para expandir nossa compreensão do Planeta Vermelho. Com a primeira ‘live’ de Marte, a ESA fortalece ainda mais seu compromisso com a divulgação científica e a exploração espacial acessível ao público.
Esse evento emocionante também pode despertar o interesse de novas gerações para a ciência e a exploração espacial. Ao permitir que as pessoas acompanhem as descobertas e os avanços em tempo real, a ESA pode inspirar jovens estudantes a seguirem carreiras científicas e tecnológicas. A divulgação de informações precisas e cativantes sobre o espaço pode desempenhar um papel crucial na formação de futuros cientistas, engenheiros e astronautas.
A primeira ‘live’ de Marte da Agência Espacial Europeia é um marco na história da exploração espacial e na forma como o público se envolve com essas missões. Essa transmissão ao vivo, com suas imagens em alta velocidade, nos aproxima do Planeta Vermelho como nunca antes. Acompanhar as novas descobertas e observar a beleza intrigante de Marte nos conecta com o cosmos e nos lembra da nossa busca incessante por conhecimento e exploração.
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