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ABELHAS SEM FERRÃO

A meliponicultura traz três vantagens imediatas: facilidade no manejo por dispensar equipamentos de proteção, a demanda do mercado pelo mel e a preservação na natureza pela ação das abelhas na polinização das plantas.

 

O nome é bom, interessante e traz um marketing de paz: abelhas sem ferrão. Mas, na verdade, não existe abelha sem ferrão. Todas elas têm ferrão. Só que nas espécies das chamadas ABELHAS SEM FERRÃO, como a Jataí, Mandaçaia, Uruçu, Guaraipo, Manduri, Bugia, Mirim e outras, o ferrão é atrofiado. Assim, elas são incapazes de ferroar.  Para fazer criações e tirar o mel não são necessários equipamentos de proteção. Muito menos fumaça para o manejo. Por isso, elas podem ser criadas próximas às residências, em áreas urbanas, até em apartamentos e com várias vantagens: produzem vários tipos de mel, elas são fundamentais ao meio ambiente por serem polinizadoras, sendo verdadeiras ferramentas para o desenvolvimento sustentável.

 

O mel, com importância alimentar e medicinal, é apenas coadjuvante, produzido por uma pequena minoria das mais de 20 mil espécies de abelhas existentes. As abelhas sem ferrão cumprem importante papel na reprodução das plantas nativas com flores por produzirem a polinização cruzada, na formação de frutos e sementes. Segundo a Epamig – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – as abelhas sem ferrão contribuem para a polinização de plantas utilizadas na alimentação humana, como café, tomate, berinjela, urucum, coco, morango, goiaba, cupuaçu, açaí, camu-camu, entre outras, melhorando o rendimento e a qualidade dos frutos e sementes.

A colaboração dessas abelhas é fantástica, pois a reprodução de muitas plantas com flores seria impactada negativamente, ocasionando uma diminuição em suas populações, podendo inclusive chegar à extinção.

 

 

EXPLORAÇÃO PREDATÓRIA

Técnicos da Epamig explicam que, historicamente, muitas espécies de abelhas sem ferrão sofreram uma exploração predatória por meleiros, com a retirada do mel sem o manejo correto e consequente destruição das colônias, o que contribuiu para a diminuição das populações dessas abelhas em algumas regiões.

No decorrer do tempo, a exploração predatória cedeu espaço para a meliponicultura, que além de permitir a produção de diversos tipos de mel, disponibiliza ao meio ambiente uma variedade de polinizadores e contribui para a conservação das diferentes espécies de abelhas criadas, sendo, portanto, uma ótima ferramenta de desenvolvimento sustentável.

 

MELIPONICULTURA

A apicultura é uma das atividades mais importantes para o setor agropecuário aqui no Brasil.

 

 

Diferentes etnias indígenas têm explorado produtos das abelhas sem ferrão desde tempos remotos, incluindo os Maias do México e da Guatemala, os Kayapó da Bacia Amazônica brasileira e vários outros grupos africanos e australianos. Apesar de no geral a meliponicultura ser uma atividade informal, no Nordeste brasileiro, em especial nos estados do Maranhão, Rio Grande do Norte e Pernambuco, existem pólos bem sucedidos de criação de espécies locais como a tiúba, a jandaíra e a uruçu. A comercialização do mel e colônias, os principais produtos aproveitados, geralmente é informal e sem regulamentação. A demanda normalmente excede a oferta. Assim, a meliponicultura é um negócio com grande potencial de crescimento.

 

 

É importante o processo de aprendizagem para conhecer a biologia das abelhas sem ferrão e possibilitar que pessoas interessadas na criação iniciem essa atividade como forma de lazer ou como fonte de renda.

 

ABELHAS: CURIOSIDADES

  • As abelhas auxiliam na produção de cerca de 90% dos alimentos no mundo;
  • As abelhas são importantes para agricultura mundial, pois são responsáveis por polinizar cerca de 70% das plantas agrícolas;
  • A ação de polinização por animais aumenta a quantidade ou a qualidade da produção agrícola;
  • Cerca de 100 espécies de meliponíneos que ocorrem no Brasil se encontram em risco de extinção;
  • O risco de extinção se deve ao desmatamento, à poluição e às mudanças climáticas;
  • No bioma Mata Atlântica, as abelhas nativas são responsáveis pela perpetuação de 90% das espécies vegetais;
  • O valor anual dos serviços de polinização para a produção de alimentos é de aproximadamente R$ 43 bilhões;
  • A preservação das abelhas é de grande importância, pois se estima que quase 90% delas foram eliminadas devido ao avanço das ações humanas.

 

PRESERVAÇÃO DAS ABELHAS

  • Plante flores em vasos ou no jardim para servirem de alimento às abelhas;
  • Não use produtos químicos ou inseticidas próximo aos ninhos;
  • Não danifique os meliponários;
  • Visite os Parques Urbanos da sua região;
  • Deposite seu lixo na lixeira;
  • Respeite a natureza.

 

 

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VENTO DA ARTE NOS CORREDORES DA ENGENHARIA

Lá se vão 9 anos. Março de 2014.

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No dia 19 de março, quando o Sinduscon – Sindicato das Indústrias da Construção Civil do DF completava 50 anos, um vendaval de Arte, Musica, Pintura adentrou a casa de engenheiros, arquitetos e empresários e escancarou suas portas e janelas para a Cultura.
Para que o vento da arte inundasse todos seus corredores e salões, o então presidente Júlio Peres conclamou o vice Jorge Salomão e toda diretoria para provar que Viver bem é viver com arte. E sempre sob as asas da Cultura, convocou o artista mineiro Carlos Bracher para criar um painel de 17 metros sobre vida e obra de JK e a construção de Brasília. Uma epopeia.
Diretores, funcionários, escolas e amigos ouviram e sentiram Bracher soprar o vento da Arte durante um mês na criação do Painel “DAS LETRAS ÀS ESTRELAS”. O mundo da engenharia, da lógica e dos números se transformou em poesia.
Uma transformação para sempre. Um divisor de águas nos 50 anos do Sinduscon.
O presidente Julio Peres no discurso que comemorou o Cinquentenário da entidade e a inauguração do painel foi didático e profético:
“A arte de Carlos Bracher traz para o este colégio de lideranças empreendedoras, a mensagem de Juscelino Kubitschek como apelo à solidariedade fraterna e à comunhão de esforços. Bracher é nosso intérprete emocionado das tangentes e das curvas de Oscar Niemeyer e Lucio Costa. Nos lances perfomáticos de seu ímpeto criador, Bracher provocou um espetáculo de emoções nas crianças, professores, convidados, jornalistas e em nossos funcionários.
Seus gestos e suas pinceladas de tintas vivas plantaram sementes de amor à arte. As colheitas já começaram.”
Aliás, as colheitas foram muitas nesses nove anos e serão ainda mais e melhor na vida do Sinduscon. O centenário da entidade está a caminho…
Sou feliz por ter ajudado nessa TRAVESSIA.
SG
Fotos: Carlos Bracher apresenta o projeto do Painel. Primeiro em Ouro Preto e depois visita as obras em Brasília.
Na foto: Evaristo Oliveira (de saudosa Memória) Jorge Salomão, Bracher, Julio Peres, Tadeu Filippelli e Silvestre Gorgulho
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METÁFORAS… AH! ESSAS METÁFORAS!

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Sou fascinado com uma bela metáfora. Até mesmo porque não há poesia sem metáfora. Clarice Lispector é a rainha das metáforas. Maravilhosa! Esta figura de linguagem é uma poderosa forma de comunicação. É como a luz do sol: bate n’alma e fica.
Incrível, mas uma das mais belas metáforas que já li é de um naturalista e geógrafo alemão chamado Alexander Von Humbolt, fundador da moderna geografia física e autor do conceito de meio ambiente geográfico. [As características da fauna e da flora de uma região estão intimamente relacionadas com a latitude, relevo e clima]
Olha a metáfora que Humbolt usou para expressar seu encantamento pelo espetáculo dos vagalumes numa várzea em terras brasileiras.
“OS VAGALUMES FAZEM CRER QUE, DURANTE UMA NOITE NOS TRÓPICOS, A ABÓBODA CELESTE ABATEU-SE SOBRE O PRADOS”.
Para continuar no mote dos vagalumes ou pirilampos tem a música do Jessé “Solidão de Amigos” com a seguinte estrofe:
Quando a cachoeira desce nos barrancos
Faz a várzea inteira se encolher de espanto
Lenha na fogueira, luz de pirilampos
Cinzas de saudades voam pelos campos.
Lindo demais! É a arte de vagalumear.
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A LUA CHEIA DE MARÇO FAZ DUAS HOMENAGENS ÁS MULHERES E AO TIÃO NERY PELOS 91 ANOS

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Vou confessar. Sou como o Sebastião Nery: gosto de viajar mais por palavras do que por avião, ônibus ou carro.
Mas viajar de trem, gosto também. Sabe por quê? Simples, porque a vida é uma viagem de trem. Embarca aqui, desembarca ali. Conhece um aqui, fica amigo de outro ali. Perde um tempão aqui, mas ganha uma surpresa imensa acolá.
E nesse trem de sobe e desce, entra e sai, dorme e acorda a gente vai curtindo Manuel Bandeira com seu
“Café com pão, café com pão, café com pão… Virge Maria que foi isso maquinista?”
Este 8 de março é lua cheia para duas homenagens. Às MULHERES e ao jornalista Sebastião Nery, que completa hoje 91 anos.
Em 1976, eu organizei a festa dos 44 anos do Nery aqui em Brasília, com um churrasco. Meu Deus, e o tempo passa. Depois fiz a sua festa de 50 anos e muitos outros aniversários passamos juntos.
Quando Nery fez 80 anos, a festa foi no restaurante Forneria (hoje Rancho Português) lá na Lagoa-RJ. Junto com meu irmão João Vitor fizemos a cachaça TIÃO NERY – 80 graus. Um sucesso!
Voltando ao trem da vida, vale lembrar Villa Lobos com seu Trenzinho Caipira:
“Lá vai o trem com o menino
Lá vai a vida a rodar
Lá vai ciranda e destino
Cidade e noite a girar
Lá vai o trem sem destino
Pro dia novo encontrar
Correndo vai pela terra
Vai pela serra
Vai pelo mar”.
O trem é assim mesmo: vai pela serra, vai por aldeias, matas, pontilhões, corações e atravessa a vida.
Hoje, dia 8, o NERY faz 91 anos. E o trem vai chegando na Estação da Saudade para a gente embarcar em mais uma viagem de aniversário. O Nery na Barra da Tijuca, agora sem a Bia, e eu aqui em Brasília.
Trem difícil é passar aniversário longe dos amigos de fé.
ABRAÇO DE

PARABÉNS

, MEU AMIGO!

O trem é assim mesmo: vai pela serra, vai por aldeias, matas, pontilhões, corações e atravessa a vida.
Hoje, dia 8, o NERY faz 91 anos. E o trem vai chegando na Estação da Saudade para a gente embarcar em mais uma viagem de aniversário. O Nery na Barra da Tijuca, agora sem a Bia, e eu aqui em Brasília.
Trem difícil é passar aniversário longe dos amigos de fé.
ABRAÇO DE

PARABÉNS

MEU AMIGO!

FOTOS:
1) Nery e eu esperando o trem… que já vem, que já vem…
2) A Cachaça que comemorou os 80 do Nery
3) O Nery e a charge do MENSALÃO, quando contou num artigo bombástico como começou o Mensalão do governo PT.
4) NERY, testemunha ocular do Mensalão.
5) Nery no Seminário, estudando muito porque queria ser ‘O BISPO DE ROMA”.
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